sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Senhor e Mestre


Senhor e Mestre

Inigualável. Senhor das estrelas. Senhor dos Espíritos.
Iniciou sua jornada, na Terra, num berço de palha, improvisado por seu pai.
Fez-Se frágil, num corpo de criança, como todos os Seus irmãos, na Terra.
Demonstrando o valor do amor, confiou-se à guarda de uma mulher. Sua mãe.
Em seu seio se aninhou, alimentou-se e recebeu carinho.
Sábio dentre todos os sábios, obedecendo ao costume de Israel, aprendeu de seu pai o ofício da carpintaria, moldando a madeira com suas mãos abençoadas.
Conhecedor da Lei, que Ele próprio viera ensinar, submeteu-se à frequência à sinagoga local, como todos os meninos de sua idade.
Mais de uma vez, apresentou questões de alta filosofia e ciência, numa demonstração do quanto sabia, bem como desejando assinalar, de forma clara, que muito mais saber havia para ser aprendido, não sendo os homens os detentores de toda a sabedoria.
Mestre o foi, sempre. Portador de entendimento pedagógico, como ninguém mais, conhecedor da alma das suas ovelhas, lançou sementes aqui e acolá, de forma sutil, muito antes de iniciar o seu messianato.
Quando o tempo se fez, deixou a casa simples de Nazaré, onde crescera, olhou os campos e as colinas, e buscou as estradas do mundo.
A partir de então, condutor de um imenso rebanho de Espíritos, não teria uma pedra para repousar a cabeça.
Onde passou, fez amigos, lecionando que o homem foi feito para viver em sociedade. E viver bem com todos.
Granjeou amigos entre os pobres, os ricos, os doentes e os que esbanjavam saúde, moços e velhos.
Não deixou de buscar ovelhas desgarradas em terras estranhas, distribuindo suas bênçãos, em nome do amor que representava.
Curou cegos, afirmando que é preciso ter olhos de ver.
Libertou ouvidos do silêncio, conclamando que era preciso ter ouvidos de ouvir.
Cada gesto, um ensino. Nada desperdiçado.
Devolveu movimentos a paralisados, lucidez a perturbados. E o convite era de, dali em diante, o agraciado fazer o melhor, para conquistar felicidade.
Não se entristeceu por viver entre os homens. A nota melancólica que cantou foi somente pela dureza dos corações, pois prescrevia que a cada um seria dado segundo suas obras, antevendo as dores dos que semeavam espinhos em suas jornadas.
Iniciou sua missão abençoando, com sua presença, a união de dois seres, na constituição de uma nova família.
Como convidado, nos banquetes do mundo, serviu-se das oportunidades para distribuir a sua luz a todos os convivas.
Entregou-se, no momento oportuno, ao martírio, como um cordeiro ao sacrifício.
Da mesma forma que o berço foi lhe improvisado o túmulo, para o depósito do corpo, por um amigo conquistado para o Seu Reino.
Apresentando-se glorioso aos discípulos, após a morte, num atestado da Imortalidade, despediu-se num dia de luz, na mesma Galileia onde entoara o mais belo canto que a Humanidade jamais ouvira.
E nos aguarda, no Seu Reino de bênçãos, amando-nos ainda e sempre.
Jesus, Mestre e Senhor. Caminho, Verdade e Vida.
Sigamo-lo.
Redação do Momento Espírita.
Em 20.12.2010.

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